Com fim de contratos de exclusividade, leque do empreendedor também se amplia
A tecnologia ameaça, mas a realidade ainda é uma só: vai demorar um bocado de tempo para que o pagamento com as famosas maquininhas se torne coisa do passado. Ao ‘passar’ o cartão e digitar a senha, o cliente tem o débito efetuado em sua conta bancária e os adquirentes, empresas responsáveis pelas maquininhas de cartão, atuam como os processadores dessas operações. São elas que capturam os pagamentos e estabelecem a relação entre clientes, bancos e lojas.
No Brasil, até 2010, foram permitidos contratos de exclusividade entre adquirentes e bandeiras de cartões de débito e crédito, o que se tornou pouco comum com o tempo. Hoje, as empresas mantém parcerias com as bandeiras mais comuns do mercado, mas ainda é possível encontrar estabelecimentos com mais de uma marca de maquininha. A concorrência é forte.
Cielo quer atender e entender os clientes
Com mais de 90% da carteira de clientes composta por pequenos e médios empresários ou empreendedores que trabalham de forma autônoma, a Cielo é, de acordo com os empresários consultados, a companhia com maior índice de satisfação da ‘Escolha PME’, com 59,8 pontos.
O vice-presidente comercial de varejo da Cielo, Adriano Navarini, confirma que a relação estreita com os negócios de pequeno porte garantem a expansão da empresa. “Não há outra forma de conquistar a confiança do cliente a não ser atendê-los e entendê-lo. Sem dúvida, os pequenos são a nossa base de sustentação”, comenta Navarini.
Apesar do otimismo, o executivo confessa que a recessão econômica também foi sentida pela Cielo, fazendo com que a companhia investisse de forma massiva em programas de fidelidade e facilidades no resgate dos pagamentos efetuados com cartão. “O movimento do comércio é ligado ao nosso negócio. A aceleração do crescimento acompanha a velocidade do volume de vendas do varejo”, explica o vice-presidente. Para fomentar o consumo, a Cielo investiu também em lojas físicas.
Quando avaliado o potencial de consumo, a ‘Escolha PME’ identifica na Cielo também o principal objeto de desejo dos empresários consultados na categoria. De acordo com esse consumidor ouvido para o levantamento, o preço é o principal atributo no momento de escolher o produto pois o empresário valoriza taxas mais acessíveis.
É muito difícil agradar setor
O sistema de adquirentes Rede tem nota 55,8 na escala de satisfação do pequeno e médio empresário. A média da empresa ficou em 7,51, com 36% de avaliações negativas entre os empresários entrevistados. Em potencial de consumo, a Rede tem 25% de preferências quanto a ser o objeto de desejo do empreendedor, atrás dos 45% da Cielo. As demais empresas citadas na avaliação da categoria, porém sem notas expressivas, são Getnet, Visa, PagSeguro e Elo.
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Fonte da notícia e todos os créditos para: O ESTADÃO